O
homem, no último dia, abatido em seu horto,
Sente
o extremo pavor que a morte lhe revela;
Seu
coração é um mar que se apruma e encapela,
No
pungente estertor do peito quase morto.
Tudo
o que era vaidade, agora é desconforto.
Toda
a nau da ilusão se destroça e esfacela
Sob
as ondas fatais da indômita procela,
Do
pobre coração, que é náufrago sem porto.
Somente
o que venceu nesse mundo mesquinho,
Conservando
Jesus por verdade e caminho,
Rompe
a treva do abismo enganoso e perverso!
Onde
vais, homem vão? Cala em ti todo alarde,
Foge
dessa tormenta antes que seja tarde:
Só
Jesus tem nas mãos o farol do Universo.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932